segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Manias de um excêntrico temperamental

Como começou? Talvez tenha sido com uma pequena fuga de água que lhe permitia atingir temperaturas estonteantes, ao ponto de ter que parar na auto-estrada. Claro que esta doença fugia ao seu controlo, não o posso culpar. Acontece. O mau feitio é que já não acontece. O não obedecer já é uma constante. O vidro de trás do lado direito não abre nem fecha, ou melhor, vai abrindo à revelia do botão, deslizando pelas borrachas até provocar uma ligeira corrente de ar, um friozinho que incomoda dentro do carro, quando conduzo a velocidade elevada (mas sempre dentro dos limites…do próprio carro). Para o fechar tenho que puxá-lo à lá old school, uma mão de cada lado e cá vai disto para cima outra vez. A porta de trás do lado contrário ao vidro manhoso não abre. E desta vez é mesmo não abre. Não há manhas nem truques. Simplesmente o fecho deixou de funcionar, e ainda bem que não morreu no modo aberto. O tecto de abrir viu toda esta insubordinação passar incólume e também se demitiu de funções, com uma agravante – abrir tudo bem, sim senhor, mas fechar já não é com sua excelência. Embora possa parecer divertido andar com o tecto de abrir corrido em dias de calor, por esta altura não é nada agradável. Mesmo. Pelo meio isto. O alarme dispara sempre que eu entro. Pronto, exagero de quem escreve emocionado. O alarme dispara sempre que se abre a porta do condutor, o que, curiosamente, é algo frequente. Para nem falar no leitor de cd´s que só os lê nas primeiras terças feiras de dois em dois meses.
Até aqui, admito que com algum desconforto, conseguia sobreviver. Em dias regados com boa disposição até encontrava alguma piada nestas artimanhas. Porém para sua excelência de passo acelerado e olhar altivo não era suficiente. Não. Necessita fazer jus ao apelido de temperamental. Como? Pelo mais básico. Brindar-me a toda a hora com a incerteza. Aproximar-me tenso, abrir o carro, desligar o alarme à sexta tentativa, sentar e respirar fundo. O momento que marcará o rumo do dia – chave na ignição, primeiro rodar. O ansiar, a expectativa, a dúvida. E o drama, já agora. Segundo rodar e…nada. Absolutamente nada. Um ligeiro estalido proveniente do mais recôndito, do mais fundo do motor. Não me apetece andar. E eu que faço? Engato em quinta, empurro um pouco para a frente e para trás – um leve baloiçar como um brinquedo de criança – e espero que resulte. Por vezes sei que fica satisfeito só por me ver fazer estas figuras no estacionamento. Outras, como aconteceu à dois dias, não arreda pé, literalmente, e eu como só preciso novamente dele no domingo não lhe ligo, desprezo-o e mantenho-o ao alcance do orvalho que cai implacavelmente. Domingo lá terei que o empurrar rua abaixo para tentar impor alguma autoridade, há muito perdida.
Sempre que oiço falar em carjacking penso, inevitavelmente, no azar que os senhores teriam se tentassem isso com o meu (está visto que não me pertence). Aliás, penso que esta seria uma novidade neste ramo – eu é que impingia o carro aos supostos assaltantes. Soubessem eles do mau feitio e fugiam, a sete pés.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

sábado, 20 de dezembro de 2008

Da secção: Onde está o Chou Riçá?

Primeira e única vez que abordarei a temática natal

Férias de natal é um eufemismo. O meu imaginário de férias (reparou atento leitor como usei este substantivo para remeter o conceito de férias para algo pouco tangível?) não está preenchido com agitações, jantares, encontros, muitos deles forçados, verdadeiros contra-relógios pela prenda perfeita, trânsito ou artérias (minhas e as da cidade) a rebentar de tanta circulação. Já há alguns anos que o meu nariz entupiu (raio da sinusite) e deixou de me cheirar a natal. Não há renas e estrelas de luz ou pinheiros coloridos que me façam despertar algum sentimento natalício. Muito menos os denominados jingles da rádio. Só sinto uma coisinha dentro do peito, um sorriso, um bem-estar, uma alegria tímida e inexplicável quando estou em casa e vejo o corrupio, os doces, o calor da lareira, o E.T e o sozinho em casa. Não sou cristão, porém reconheço a grandiosidade desta quadra (desculpe assíduo leitor mas tinha que usar esta palavra), a extrapolação para a reunião, a família e o bacalhau (em minha casa é o que se come). Não acredito no consumismo fácil, no enviesamento do espírito (outra que tinha que figurar no texto), na procura desenfreada de prendas para tudo e todos, numa tentativa, por vezes patética, de compensar trezentos e sessenta e cinco dias de total alheamento.

Claro.

Sou o verdadeiro desejo dos senhores do marketing, excepto aquela parte referente ao poder de compra. Por estes dias, o melhor é fechar-me em casa pois quando saio transformo-me numa verdadeira esponja que absorve todo o consumismo que anda no ar. Nem sou de comprar muitas prendas (que o digam quem sofre com o meu esquecimento e desatenção) mas por esta altura apetece-me comprar tudo. TUDO. Encher as pessoas de prendas. Depois a incerteza…será que vai gostar? Será que chega? E para ti? E para ti? E para ti? É a correria, a azáfama, as renas e estrelas de luz, os pinheiros coloridos e as músicas irritantes. E para mim? Uns trocos eram bem-vindos…

Eu, na minha pessoa (algo novo, excelso leitor), desejo um feliz natal, seja lá o que isso quer dizer, a todos os leitores deste magnífico blogue. Aos outros não desejo nada, o que lhes é indiferente pois nunca o saberão.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Num jornal aqui da vila



Massagem relaxante
Profissional, com marquesa.
Elimine dores e tensões musculares do dia-a-dia.
Também descompressão ou sexo.


sábado, 13 de dezembro de 2008

CRM aplicado

Não tenho o hábito de ver o correio todos os dias, e não me refiro ao electrónico. Sei que só vou encontrar facturas e publicidade, embora faça questão de ter um autocolante daqueles que diz algo parecido com publicidade não endereçada aqui não. Admito que possa ser uma mensagem algo confusa e pouco clara, por isso não me chateio muito, pego nos folhetos e enfio nas caixas da vizinhança. O que me leva a pensar que recebo publicidades de pichelaria porque existe algum anormal que faz o mesmo…Na vistoria semanal à caixa reparo num envelope demasiado pequeno para ser da agere mas também um pouco mais distinto dos folhetos. Retiro-o e numa escrita manual apresenta-se como dirigido ao senhor morador. Entro, percorro os três andares (mentira, foi o elevador que os percorreu) e já em casa abro-o. Uma carta, também ela escrita à mão, numa caligrafia redonda, daquela redonda de quem aprendeu a escrever aos 47 anos. Começo a ler,


Moro na vizinhança, por não ter conseguido falar consigo pessoalmente, estou deixando algumas informações importantes.

Uma introdução daquelas que nos obriga a continuar. Quem é esta pessoa que me escreve e o que de tão importante terá para me dizer, tendo em conta que se deu ao trabalho de me deixar uma carta já que não conseguiu falar pessoalmente comigo.


Participo de uma obra realizada por voluntários em mais de 200 países. Em todos eles convidamos as pessoas a beneficiar-se de um programa que as ajuda a descobrir respostas a perguntas importantes, como: Porque envelhecemos e morremos? Qual é o objectivo da vida? Como se pode encontrar a verdadeira felicidade?

Ora bem, participa de uma obra…começo a torcer o nariz. Mas, de súbito o inesperado acontece. Anos a atormentar-me com reflexões infrutíferas sobre a vida, a morte e mesmo a felicidade, e, sem que nada o fizesse prever, as respostas batem-me literalmente à porta. Anos de suplício, de sofrimento, de desgaste mental, de noites em branco e finalmente a luz, as respostas! Porém, quando a esmola é grande…continuo,


Participamos dessa actividade porque estamos genuinamente interessados em nossos vizinhos. Nosso trabalho não tem fins comerciais.

Espero em breve conseguir falar pessoalmente consigo. Sinta-se à vontade para entrar em contacto connosco através do endereço abaixo.

Respeitosamente, (…)

Oh alegria! Oh felicidade! Finalmente acabaram-se as pequenas conversas de circunstância sobre o tempo com os vizinhos quando ocasionalmente partilhamos os elevadores. Agora, sempre que nos encontrarmos podemos discutir o verdadeiro sentido da vida. Obrigado por me terem contactado, obrigado por se interessarem pelo bem-estar da comunidade de lamaçães. Não sei se terei tempo para entrar em contacto mas espero sinceramente uma nova visita aqui ao meu tasco.



Adenda: qual velho do Restelo, confesso que as ditas novas tecnologias desferiram a machadada final no correio tradicional, o que é uma pena, sabe bem receber cartas. Temática que merece algo mais que uma simples adenda.



sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

sábado, 6 de dezembro de 2008

...

Vive cada dia como se fosse o último, como nos morangos, tás a ver, que foram beber a essas prosas de salão de cabeleireira. Vive cada dia como se fosse o último. Se soubesse que não te voltaria a ver, não suportaria a despedida. Já a evitei, cobarde, não subi ao segundo andar do lar. Não quis ver, sabia que era a última vez. Balbuciei que não conseguia, queria guardar outras memórias, outras imagens. A angústia da última vez. Como a certeza do último beijo. Que não voltaria a sentir aqueles lábios. O fim. Não, volta só mais uma vez. A separação. Queda livre sem pára-quedas, a derrocada de todas as convicções. Pensei que irias ficar sempre por perto, embora conhecesse a efemeridade e o engano deste pensamento. Refúgios. Sempre refúgios. Porque não consigo viver cada dia como se fosse o último. Prefiro ser surpreendido a perpetuar uma despedida. Não me digam o que sentir. Muito menos o que não sentir. Acalento a minha angústia, a minha comiseração, os meus estados mais cinzentos mas a verdadeira tristeza quero-a bem longe de mim.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Dois senhores que hablan español

Bloguer proeminente da esfera blogocoisa bracarense ocupa os primeiros lugares da mesa do café.

Bloguer lido pelos amigos em dias de tédio é o último a sentar-se e consegue ficar virado para o jogo transmitido na tv.


Bloguer cujos posts são os mais informativos da blogoesfera pede uma torrada.

Bloguer cujo Moleskine está avaliado em 2,5€ pede uma asandes de atum, porque não havia bifana.


Bloguer atento ao panorama sócio-económico-cultural nacional e quiçá internacional pede um café.

Bloguer que acha que o euribor é uma agência de madeiras da Noruega olha para a mesa, apenas vê chás, cafés, meias de leite, inibe-se de pedir uma cerveja e opta pela cola.


Bloguer que não se esconde atrás de pseudónimos e assina com três nomes pega no DN.

Bloguer que escreve coisas deste calibre não hesita e escolhe a bola em vez do jogo, embora já tenha lido todas as notícias do dia no site.


Bloguer activo nessas coisas da sociedáde e da política conversa sobre os temas da actualidade.

Bloguer que come sem guardanapos, sujando tudo num raio de 20cm, discute enquanto mastiga a importância de manter o Meyong em campo.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Job satisfaction

O que pensar quando reparamos que o toque do telemóvel que um dos nossos chefes tem na mão é o "I don't feel like dancing"?

Depois percebe-se que não é o telemóvel dele. Mas que é um efeito visual espectacular, lá isso é...

Sindicalistas

Hoje há mais uma greve dos professores. O gajo da Fenprof (que já ninguém o pode ouvir) diz que é a maior de sempre. Faz-me lembrar os putos. A minha é maior que a tua, eu jogo melhor porque faço mais fintas, eu sou o melhor de sempre. Acho que já ninguém sabe porque é que se manifestam. A sério. Alguém que saiba que explique nos comentários deste post. Eu percebo que tenham alguns motivos. Todos temos sempre motivos para discordar, faz parte da condição humana. Mas acho sinceramente que já se ultrapassou a barreira do razoável, entrando já no ridículo. Já perdemos a conta às greves dos professores, não me lembro de ver tantas greves assim. Parece-me que o gajo da Fenprof (que para além de já ninguém o poder ouvir, também já ninguém o pode ver) está a retirar daqui muito proveito pessoal (queres é aparecer, como diz O Chato) e político (os sindicatos são comunas e mandam no país se quiserem, depois digam que na Coreia do Norte é que é regime ditatorial...). O direito à greve faz sentido e concordo com ele. No entanto, a greve existe para marcar uma posição e penso que com tanto protesto se vai perdendo o efeito. Já não se sabe que posição se defende (eu pelo menos não sei), não se entende o critério da marcação de greves (é todas as semanas, basicamente), é uma desordem social tão desordenada que ninguém sabe bem o que anda a fazer. O Ministério já cedeu em alguns pontos (pelo menos pelo que tenho lido), os sindicatos não cederam em nada. Haverá culpas dos dois lados, acredito que sim. A Ministra é um pouco arrogante nas declarações, mas a arrogância parece-me não estar só de um lado. No fundo, estamos perante um debate infantil. Como quando uma criança nos pede muito um chocolate, nós não damos de início. Depois de muito custo, damos. E o puto diz "Agora também já não quero". Estes debates parecem-me isso. Os professores agora já não se contentam com as alterações, sejam elas quais forem. Ainda assim, algo me diz que 120.000 pessoas não podem estar todas enganadas... Mas de qualquer forma, há formas mais sérias de mostrar o descontentamento. Este exemplo de desordem e protesto constante não é o melhor exemplo a dar aos alunos...

P.S - Vejam o filme "A Turma" (em francês "Entre les murs"). É um grande filme e é sobre o tema. Passei a respeitar ainda mais a profissão de professor.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Ténis

Este blog, ou pelo menos a minha pessoa, dedica-se a partir de hoje ao Ténis, desporto mui nobre e no qual não existem descontos. Ou o gajo faz os pontos para ganhar, ou não há cá merdas, fica-se ali a jogar até ao dia seguinte.
P.S. - E também não há punheteiros que fazem fintas.

Imagina tu que a defesa era composta pela dupla Tonel-Carriço

O Chou Riçá não está. Qualquer comentário, provocação ou piada pode ser enviada para a minha secretária, que responde pelo nome de caixa de comentários.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Salib look alike 2

Mais curiosidades sobre a bebida aqui.

Estou sempre além

Três manhãs passadas, três manhãs que o despertador não toca. Não é atrasar-se ou faltar por doença ou outras desculpas. Não, simplesmente não entra ao serviço. Nem uma gota de culpa e eu que me arranje. Podia ser prestável, um bom parceiro e ir além da sua ridícula função de tocar uma única vez. Tomava a iniciativa, oh amigo já são horinhas de sair do ninho e parecendo que não tens que trabalhar. Provavelmente eu mandava-o calar. Inteligentemente punha-o em modo silencioso. Arrasto-me a muito custo para o chuveiro onde, por norma, defino o ambiente de trabalho para o dia. Se começo a cantarolar aquele refrão é certo que só vou parar quando voltar para a cama. O mesmo se passa com uma frase ou ideia. Cereais enquanto arrumo o portátil e já estou atrasado. Dias iguais. Intermináveis. Previsíveis. Cheios. Não é preenchidos, é cheios. Estava mesmo convicto que já tinha vivido este. Repetições de gestos, de conversas, de viagens presas numa teia de fastio. A vida é só isto? Se soubesse que me ouvias perguntava se é só isto que tens para me dar. Que desenho fizeste para mim. Não te preocupes, sei que não respondes por escrito. Já percebi que o grande quadro só é perceptível no final, depois da incompreensão e da quase desistência. Tudo bem, aguardo curioso enquanto amealho tudo o que me pões à frente. Não filtro, absorvo tudo com a perfeita noção da existência de uma finalidade, uma justificação. Também já percebi que esta experiência vai durar, que ainda tenho muito para consumir. Mas tu sabes bem como eu sou, insatisfeito, conheces esta agitação que me devora, que não me deixa parar, sentes a devoção que me faz exagerar nos meus préstimos, a desilusão pela falta de reconhecimento. Tal como eu, olhas com olhar ingénuo e não concebes o ser demasiado bom ou o não trabalhes tanto porque recebes o mesmo. Tu percebes a ansiedade, a comiseração, a impaciência pela novidade e o cansaço que rapidamente me esgota. Talvez quando o rótulo de jovem deixar de me assentar seja levado mais a sério. Mas nessa altura espero já não prestar relatórios a ninguém.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Só mais este

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olha olha

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Aah! (nostalgia) Já lá estive...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Bombay TV

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Bombay Etcétera

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Estou a dever bons textos

mas desde que isto começou...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Isto é o topo da espectacularidade

O Buraka Obama existe.

Tmn

Já chega de "sirigaitas yupi yupiais", não?

Elogio ao ódio

Ódios de estimação não passam de embirrações mais ou menos fundamentadas. Eu não suporto o ronaldo, vai com letra minúscula para aprender. Aquele que todos os dias diz que é o melhor do mundo. O melhor, o segundo melhor e o terceiro, já chegou a proferir este menino, não fosse haver confusões. Que eu é que mereço, que eu é que sou. Donos da verdade não fazem o meu estilo. Que se fodam esses patriotas de bandeiras na janela, essas capas de jornais a pedido, esses seguidores de palas nos olhos. Não suporto a arrogância e a falta de humildade. Não suporto a futilidade nem o histerismo. Não suporto a falsidade e a falta de coragem para admitir o que está errado. Já não é de agora. Existe alguma associação, alguma deco da selecção para onde eu possa enviar uma cartinha com muito ódio e indignação? Desconfio que na federação ninguém saiba ler. Dispensei duas preciosas horas de sono para ver o portugal enfardar 6. seis. SEIS. Nem no tempo do Vinha. Para ver um grupo de conhecidos que se juntou para dar uns toques na bola e correr um bocado Vs. uma verdadeira equipa. Fosse eu que mandasse e o reinaldo não ganhava prémio nenhum. Não só não ganhava como perdia. Por quinze a zero. Premiava o Niquinha. Admira-me a braçadeira da selecção só ter um C em vez de um CR7. Perdia o prémio de melhor jogador, amuava e levava a bola para casa, que a bola é minha e ninguém joga com ela. Ódios de estimação não passam de embirrações mais ou menos fundamentadas. E eu detesto poses para a foto. É que mesmo sozinho, no conforto do seu lar, a cagar o homem deve estar com aquele ar de falsidade, de atitudes planeadas para o melhor ângulo.

domingo, 16 de novembro de 2008

Os mestres encontram O Mestre

Frédéric du Cebouc não é um homem. É uma lenda. Uma lenda inspirada num homem que é também ele próprio uma lenda. A frase que abre este blog é única, saída dos sábios pensamentos de um homem cujo nome poderia ser apenas um: Cebouc.

Os mestres chegam à roulotte com fome. Acompanhados por mais dois companheiros de estrada, decidem que um kebab é coisa para completar bem uma noite de feijoada de marisco e de minis. A Quinta do Bill 2 (ou Quinta do Billzzzzzzzz, para mim), situada num local aprazível e convidativo, é poiso de senhores esquesitos. Dos que vão ao Popullum ver umas "gaijas", passando pelos "drógádos" e pelos gajos que não se sabe muito bem de onde vêm nem para onde vão, a roulotte é todo um melting pot. Um homem está encostado ao balcão, solitário à primeira vista, encontra no fino a melhor companhia da noite. Olha para os que chegam, com um traje estranho e muitos pin's na lapela. Sorri, diz boa noite. Afirma que ele próprio tem mais de 50 pin's guardados algures. Diz que a Psicologia dá dinheiro, trata-nos pelo nome próprio. Entre dois dedos de conversa, fala com alegria da sua função numa qualquer escola. Diz-nos que come por 5 euros num restaurante de Maximinos, coisa pouca nos dias que correm. Ainda por cima com tudo incluído. Nós concordamos. Cansados, deixamos para trás aquele homem com um sincero "Boa noite" e "Até à próxima". Os mestres vão para o carro a pensar em todo aquele diálogo.

Moé Lá - Acho que conheço aquele gajo. Tive este tempo todo a pensar nisso...
Chou Riçá - Diz que trabalha numa escola...
Moé Lá - ... (a ser iluminado) ... Claro!!!
Chou Riçá - O quê?
Moé Lá - Aquele gajo... O gajo... O gajo, sabes quem é?!?
Chou Riçá - O quê, é o gajo do pavilhão??
Moé Lá - Não! Aquele homem. Aquele é... o Cebouc. Nós falamos com o Cebouc!

Frédéric du Cebouc não é um homem. É uma lenda. Algo nos impediu de o reconhecer na altura própria. As lendas são assim.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

sábado, 8 de novembro de 2008

Nem parece a tvi


Quem diria que os gato seriam o cavalo errado...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Comunicado à nação

É com o peito cheio de tristeza e apreensão que assisto à morte anunciada daquele que é um marco identificativo, enquanto cidadãos, enquanto povo, enquanto portugueses, enquanto pessoas. Temo pela nossa cultura. Os meus olhos ficam marejados de lágrimas sempre que alguém destrói através da chacota um pilar da nossa nação, não evito o aperto e a angústia sempre que observo a rejeição e relutância de taxistas, médicos, assadores de frangos, advogados, electricistas, treinadores e dirigentes de todo o género em assumirem todas as suas responsabilidades. Temo pelo bigode. Porque o bigode é uma responsabilidade adjacente ao cidadão português (não especifico homem português porque existem muitas mulheres orgulhosamente preservadoras desta tradição). Cada vez mais jovens passam para a idade adulta e renunciam a este dever cívico. Chega o tempo da emancipação dos pêlos, de se separarem do resto dos colegas que cobrem a cara, de despontarem, de se assumirem com dignidade, determinação e robustez. E o que é que o português faz? Assassina-os sem dó nem piedade. Impede o saudável crescimento, a gloriosa libertação. O bigode não é barba, o bigode não faz dupla com pêra, moscas e afins. O bigode é único. Solitário. (Embora umas patilhas não sejam de desdenhar). O espaço entre o lábio e o nariz só faz sentido se preenchido de pilosidade. Por um bigode hirsuto que dê sentido estético à face humana. Sim, temo pelo bigode. Variações de índole duvidosa põem em risco o nosso património. Bigodinhos à la mosqueteiro, que mais parecem riscos desenhados a lápis. Bigodes combinados com estilos de roupa vanguardista, que definem uma linha ténue distintiva do matarruano da rock star. O bigode nunca poderá estar na moda, o bigode nunca poderá ser uma moda. O bigode está a morrer e nós assistimos serenamente. O meu filho chegará a ver um bigode farfalhudo para além do do seu pai?

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Monumento ao Milan e ao futebol italiano em geral

Para finalizar, sendo que ainda tens um direito de resposta

Estas situações atingem sempre uma escalada imparável de acusações, nem todas dotadas da mesma espectacularidade, e porque os leitores deste blogue, classe na qual me incluo, não o merecem, vou publicar um último post sobre o assunto.

Para não contar caracteres, digo que foram, da minha parte, trinta e três linhas sobre colectividades e uma para ofensa pessoal. Tu dedicaste vinte e quatro linhas a (quase) reflexões (profundas), duas a ofensa pessoal e zero a colectividades. Missão cumprida.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O meu mal não é ser burro, é ter a mania que conheço as pessoas

Tentei começar o texto de uma forma erudita, com uma ou outra citação. Escrever algo dissimulado, daqueles que só o palerma do Monhé consegue. A verdade é que não possuo as habilidades e os dons requeridos para tratar as letras, qual escritor de romances à lá Nicholas Sparks ou jornalista do Terras do Homem. Apresento pois algo quase tão deprimente como esta homenagem a Milú que agora vejo, apenas abrilhantado pelo espectáculo único do Raul Solnado. Que diga-se, já há muito que entrou na fase Ruy de Carvalho, basta aparecer.


Para não recuar muitos anos na História, vamos analisar apenas oito meses de registos, entre 11 de Março de 2008 e 5 de Novembro de 2008, para compararmos os feitos de dois supostos bloguers (ou lá como se chamam). Os nomes dos mesmos serão omitidos, para não ferir susceptibilidades.


Denominado profeta A

94 publicações/entradas/posts no presente blogue

94 publicações/entradas/posts de interesse duvidoso

94 publicações/entradas/posts sobre tudo e nada (vulgo merdas)


Denominado profeta B

13 publicações/entradas/posts no presente blogue divididas entre Sporting, futebol, aparecimentos escusados e “crónicas” de duas edições


O teu mal não é seres burro, é teres deixado crescer a puta da mania.

Hoje sou from the USA

Sobre colectividades

Para não recuar muitos anos na História, vamos analisar apenas dez anos de registos, entre 5 de Novembro de 1998 e 5 de Novembro de 2008, para compararmos os feitos de duas colectividades. Os nomes das mesmas serão omitidos, para não ferir susceptibilidades.

Títulos Nacionais:

Colectividade A
2 Campeonatos
3 Taças de Portugal
4 Supertaças

Colectividade B
1 Campeonato
1 Taça de Portugal
1 Supertaça
1 Torneio do Guadiana

Títulos Internacionais:

Colectividade A
Nada a apontar

Colectividade B
1 Torneio do Dubai

Competições Europeias

Colectividade A
4 Presenças na Liga dos Campeões
1 Presença nos Oitavos de Final da Liga dos Campeões
6 Presenças na Taça UEFA
1 Presença na Final da Taça UEFA

Colectividade B
2 Presenças na Liga dos Campeões
1 Presença nos Quartos de Final da Liga dos Campeões
6 Presenças na Taça UEFA
2 Ausências das Competições Europeias
7 Batatas em Vigo

O teu mal não é seres burro, é teres a mania que és fino...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

sábado, 1 de novembro de 2008

As convicções não mudam

Dias dos nossos santos

Que engraçada que é esta romaria aos cemitérios! Ainda bem que, no meio de tanta agitação e trabalho, conseguimos ter um dia por ano para nos lembrarmos dos que já não estão entre nós. Acho mesmo que eles ficam muito contentes (se é que ainda conseguem sentir algo) por nós dispensarmos umas horitas do nosso curto ano para os visitar. Parece que os estou a ouvir (por muito mórbido que seja...): “ Ena pá! Já não via tanta gente por aqui a mexer-se desde o dia em que me vieram dizer adeus!”. E ele é jarras coloridas cheias de cruzes, flores de plástico, bem vistosas, velas a pilhas, porque as outras apagam-se durante a noite e isto ainda tem que durar algum tempo, varrem-se jazigos, lavam-se campas, visitam-se outras que ficam ali ao lado, mas que bom aspecto com que aquilo fica! E ai de quem demorar menos que o tempo socialmente aceitável – não sente falta nem está triste! E neste dia temos que estar tristes, porque é dia de nos lembrarmos, logo é dia de sentir falta.

Bem, começa a ficar na hora de nos prepararmos para logo, joga o Glorioso e uma vitória vinha mesmo a calhar, por isso vamos torcer e sofrer. Hipocrisia? Não, sincera falsidade admitida...Não passa de uma questão de fé – acreditarmos no que queremos para continuarmos a sobreviver.


2 de Novembro de 2006 (e ainda actual, até mesmo no Benfica)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

É que é mesmo isto

"Desculpem, doutos homens, estetas,
espíritos poetas, almas delicadas,
a falsidade do meu génio e das minhas palavras.

Que é a erudição que eu canto,
que é da vida, o espanto, que é do belo, a graça,
mas eu só ambiciono a arte de plantar batatas.
(...)
Bem sei que há trolhas escritores,

letrados estucadores e serventes poetas
e poetas que são verdadeiros pedreiros das letras.

E canta, em arte genuína, o pescador humilde,
a varina modesta
E tanta vedeta devia dedicar-se à pesca.
(...)"

O Alvim é que sabe

Concordo com tudo o que é dito aqui.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Alguns apontamentos futebolísticos


1. Esta foto tem claramente contornos de homossexualidade;

2. O volume do braço do Miguel Veloso é mais ou menos igual ao volume do meu braço;

3. Porque é que o Veloso é jogador e eu não?

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Considerações de um dia cinzento

Já não há profissionalismo na mendicidade. A minha memória não se lembra da última boa história de pedinte que guardou nos seus arquivos. Por estes dias é só filhinhos acamados, um eurinho para a sopa ou para os remédios. Que é feito da imaginação? Do brio? Da classe? Do zelo? Parece o meu secundário, fazer o mínimo para passar. Enquanto o nosso país não meter na cabeça (fica ali para os lados de Trás-os-Montes) que o cliente satisfeito é primordial para qualquer negócio não vamos sair deste buraco. Mesmo os denominados gestores de espaço e inventores de novos lugares embora sujeitos a reboque, têm como dado adquirido receber a moeda. A troco de que trabalho? De nenhum, o meu carro tem sensores. Não há esforço por um bom serviço, olhe não o vou enganar, tem aqui um bom lugar mas o senhor agente costuma passar aqui. Não, nada disso. Os princípios éticos morreram. Foram assassinados pela sofreguidão, cúmplice da ganância. Nem o obrigado é sincero, é mais um acho bem, caso contrário riscava-te essa portinha linda. Que mundo cruel é este que não me permite ser enganado com gosto e ingenuidade? É isto que queremos ensinar aos nossos filhos? Quem os tem, claro…

sábado, 25 de outubro de 2008

Aos Etcéteras, Morgados e demais indignados com tudo (e também com as praxes)

História de uma vida ou "nunca ninguém os viu juntos"

Uma história de vida trágica, órfão (de pais), abandonado a uma tia, fome, miséria e coisas assim, rapidamente começou a tirar partido do seu "dom". Deu assim os primeiros passos na representação e por aí ganhou fama sob o nome de Rocco Siffredi.




Cansado desta vida opta por outro tipo de bengaladas. Estuda para ser alguém na vida num curso de hóme e atinge novamente a fama, novamente no grande ecrã, desta vez adoptando a alcunha de Dr. House




Espírito inquieto, sempre à procura de novos desafios, abandona a brilhante carreira de médico e interessa-se por fenómenos ainda carentes de explicação. Torna-se treinador de futebol e assina pelo Glorioso.


sexta-feira, 24 de outubro de 2008

"Portugueses com Frize, são portugueses felizes"

Luís Aguiar, jogador do SC Braga;
Alan, jogador do SC Braga;
Rentería, jogador do FC Porto emprestado ao SC Braga.

Informa-te burro.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

É da minha vista...?

Ou realmente o trânsito aqui no condado de bracara augusta está impossível?

Ele sabe

"Eu sei que a tua vida foi marcada pela dor de não saber onde dói"

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Algures nos corredores da FPF

Procura-se

Treinador para selecção de futebol;

Requisitos necessários:

- Coragem;

- Não achar que o Cristiano Ronaldo é o melhor do mundo;

- Capacidade de leitura de jogo para fazer boas substituições;

- Dominar os conceitos tácticos do futebol (opcional);

- Capacidade de incutir alguma humildade num grupo de trabalho (nem que seja com paus);

- Não convocar o Djaló;

- Perceber que o Nani precisa de duas bolas, uma para ele outra para a equipa;

- Mostrar ao Quaresma que também tem um pé esquerdo;

- Perceber que um miúdo com um umbigo do tamanho do mundo não pode ser capitão;

- Utilizar o Nuno Gomes em vez do Almeida, sempre;

Oferece-se:

- Salário extremamente parvo para a quantidade de trabalho requerida;

- Oportunidade de ver alguns jogos de lugar priveligiado;

- Bons contractos de publicidade;

- Protecção extrema;

- Mediatismo (opcional);

Para os Salibs deste Mundo

São 09:19 e este é um post do Ar Mando da Verdade.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Já respondo a desafios e tudo

Inglório. É como classifico este desafio de escolher as sete músicas mais marcantes da minha ainda curta passagem. Desde sexta que matuto nisto e não tem sido nada pacífico. Tantas que ficaram de fora…Optei pelo critério da temporalidade e daquele toque especial...Músicas que estarão eternamente actuais e me acompanharão toda a vida, podendo-me definir e ao meu caminho.

Estou além – Variações. Visionário. Definitivamente esta música foi escrita para mim.

Fim - Toranja. Pode ser lados errados, nada, fogo e noite, adormecido, fome, tanto faz (esta já não é nenhuma música). Pela simples complexidade das letras. Tudo soa bem. Companheiros de imensas viagens pela nacional, inclusive de acidentes rodoviários (na verdade foi só um).

Chaga – Ornatos Violeta. Toda a raiva triste contida e libertada em palavras de sentido perfeito. Os maiores especialistas em relações humanas e seus sentimentos.

Dúia – Da Weasel.

Testify – RATM. Despertei. Começou o período de revolta. Não interessa o alvo. Calças largas e muito discman. Lembro-me que comecei a reciclar e me inscrevi na amnistia internacional numa de vamos-fazer-algo-pá.

Canção de embalar – Zeca Afonso. Porque nunca deixaste de olhar por mim.

Bic Runga – Sway.


Passo agora a praga ao blog dos devaneios do Fernando Pessoa, anteriormente conhecido como blog dos 5 pes, nomeadamente ao Fernando Pessoa, El Salib, Indústria (há net para esses lados?) e Poeta Morto. À Lua (que não percebo como não nos premiou). Ao Mark, se ainda fores vivo. Por último (cada um de vós terá que encontrar também sete pessoas) pensei no gordo do etc mas seria elevar a esquizofrenia para um outro patamar, por isso, sem grande surpresas, para o meu grande amigo.

domingo, 12 de outubro de 2008

Looks like ninety fifty six


Alguma vez pensaram como seriam se tivessem estudado numa secundária americana em 1956?
Eu já.

Façam a vossa aqui.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

(sem título)

As mãos da minha avó podiam contar histórias intermináveis perdidas já há muito no nevoeiro da memória, histórias cujos heróis e figurantes também já se desperdiçaram deste terreno. Mesmo no conforto da minha cama consigo imaginar todas as rugas que lhe revestem as mãos tornando-as ásperas e sedosas. São as mesmas rugas, do tempo, das angústias, das tristezas, dos longos invernos que lhe moldam o rosto, gasto, embelezado por longos e fracos cabelos brancos emaranhados numa teia de ganchos impossível de perceber, em perfeito contraste com todo o negro que a envolve. Desde a morte do meu avô, companheiro de nós os dois, que o preto tomou conta do guarda-vestidos, blusas, camisas, camisolas e saias de padrões coloridos foram atiradas para um canto de onde nunca mais saíram. Provavelmente já se mudaram, cansadas de estarem esquecidas. Desde então toda a indumentária oscila entre o preto e o preto, ocasionalmente interrompido pelo cinzento (escuro). Até porque o que diriam as vizinhas, também elas em protesto com as cores. As vizinhas, companheiras de conversa, missas e horas que teimam em não passar. Tudo anda devagar na vila ao largo do Douro, sobejamente colorida (ironias) pelas amendoeiras, as encostas verdejantes, extensas vinhas a perder de vista e pelo caudal calmo do rio. A casa ocupa lugar de destaque, digno de uma torre de vigia. Da comprida varanda pode-se espreitar todos os movimentos, passos e encontros da pequena agitação na vila. A parede que serve de suporte ao posto de atenta vigilância já foi verde, não de tinta, mas sim da densa e secular hera que a cobria. O planeamento urbanístico da vila evoluiu, cortou-se a trepadeira e agora a parede é de um branco deslavado, sem cor nem graça. Por dentro a casa cheira a madeira. E a calor, vindo da cozinha, da sua “lareira” sem portas. Também se sente o silêncio, a ausência da guitarra portuguesa acompanhada pela voz de quem a sabia fazer chorar. Os móveis imóveis de tristeza e solidão lamentam a sua sorte e a custo resistem. Nos longos períodos em que fica na outra casa, na nossa, assume total responsabilidade pela roupa e alimentação da família. Com uma mestria única. Vitalidade e certeza nos gestos. Parece simples fazer torta de batata ou pudim, quase aprendi a passar a ferro decentemente ou a fazer o nó da gravata. O pagamento destes maravilhosos serviços faz-se perante a apresentação das lamúrias, que estou cansada, que isto já não é para mim, enquanto se deita no sofá depois do almoço ou nos instantes que apanha alguém desprevenido. Nunca descorou a nossa educação, aliás, os estudos sempre foram a sua grande preocupação, que sem isso não são nada. Lembro-me da tristeza acumulada durante semanas quando concorri para psicologia, foi a morte do sonho, ainda que muito vago nos últimos anos de liceu, de ter um neto médico. Para ser alguém na vida, que isso é que é um curso. Tentem vocês argumentar com a felicidade, valorização e satisfação pessoal quando do outro lado da barreira está a credibilidade, o filho da vizinha que já se formou e o dinheiro, que isto está muito mau. Chegou a prometer-me um carro, caso lhe desse ouvidos. Agora percebo a forma que o amor tomou nessa circunstância. E na outra em que me escondeu as calças da resina, depois de remendar os centímetros que arrastavam pelo chão. Não sei se hoje sou alguém na vida avó, mas sei que me ensinaste mais do que julgavas conseguir. A aceitar, a procurar, amar e escolher caminho. Parabéns. Vou continuar a adiar pensamentos que nem quero escrever e afirmar que para o ano há mais.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Oh Cajuda, essas merdas que fumas, são fixes?


"Na primeira parte, o nosso caudal foi arrasador para o Sp. Braga. Na segunda parte, houve duas falhas da nossa defesa que deram duas oportunidades ao Sp. Braga..."

Manuel Cajuda

Diz que é uma espécie de Stélvio

Saiu-nos o Milan. Mas o Milan não vem a Braga. Aquele que podia ser o jogo com maior cartaz de sempre no Municipal, não o vai ser... O que não nos impede de ir ganhar a San Siro (com golos do Rentería). Durante a hora em que sonhei ver o melhor clube do Mundo em Braga, lembrei-me que podia ficar a escassos metros do Ronaldinho, do Kaká ou do Gattuso. Sim senhor, muito bonito, mas isso tudo era secundário desde que visse o Pirlo a jogar à minha frente. Eu se fosse gaja, casava-me com o Pirlo. Se fosse paneleiro, casava-me com o Pirlo (se ele quisesse, claro). Não sou nem um nem outro, mas casava-me na mesma. Isto para dizer que o Pirlo é, a seguir ao Bergkamp, o melhor jogador que eu já vi jogar. Depois vem o Ronaldinho. Há os Messis, os Ronaldos, os Figos e os Zidanes. Sim senhor, muito bonito. Mas não me lixem, o Pirlo é o gajo com mais classe no Mundo do Futebol. De sempre. E é o único gajo no Mundo que consegue acabar os jogos com o cabelo da mesma forma com que entrou.

Como o homem tem razão...

Adeus companheiro. Mais de tristezas que alegrias, diga-se...



P.S. - Sempre sonhei com o confronto de estilo (capilar e não só) Ancelotti/Jorge Jesus.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A lei de Murphy só é de Murphy porque eu não nasci primeiro

Há dois anos que conduzo, com muito gosto, o meu jipinho. Excepto uma pequena fuga da bomba da água que lhe permitia atingir temperaturas dignas de estrelar um ovinho no capot, nunca teve nada de mais. Pequenas manias perfeitamente controláveis. No fundo, não passa de uma gaja – se estou mais de um dia sem o ver, o alarme não desliga à primeira, nem segunda, nem terceira, se opto, num acto de altruísmo ímpar, por levar mais alguém comigo, os vidros não abrem ou os cd´s simplesmente não são lidos. É um carro com personalidade, que se assume como dono do seu dono e que sabe a importância que tem para mim. Nunca o tratei mal, não o deixo morrer de sede, não o arranho, não o obrigo a longas viagens nem altas rotações. Nunca me deixou ficar mal nem me trocou (ainda que involuntariamente) por outro. Também, já há sensivelmente um mês que não faço nada. Consumo compromissos profissionais (orientar o estágio na faculdade e pagar propinas), socio-afectivos (vulgo, minis, PES e namorada, não por esta ordem) e culturais (cinema). Hoje, segunda, por volta das 9.30, inicio o meu estágio. Tudo de bom para ti, dirá o amigo leitor, com mais ou menos cinismo ou interesse. O que sucede? Numa demonstração de carácter temperamental, o meu bólide decide ter esta conversa comigo, em plena via rápida, sentido Green Vile – Braga, na presença de terceiros (sabe que detesto discussões em público):
- Então amanhã precisas de mim à séria…
- Sim companheiro, dava jeito, o estágio ainda fica a 20km de casa!
- Hum, tá bem tá. Por acaso não reparaste a semana toda que eu não andava a pegar à primeira pois não?
- Pois, sim, acho eu. Mas acabavas sempre por pegar sem problemas…
- Claro…olha, vou só acender aqui umas luzinhas no painel, ok?
- Então? Qué´isso??
- Não sei, não sou mecânico. Mas sei que não me fico por aqui, vou deixar de desenvolver, por muito que aceleres ou reduzas não passarei dos 80km/h.
- Acho que ainda conseguimos chegar a Braga…
- Não consegues não porque vou muito simplesmente deixar de trabalhar em plena via-rápida, obrigando os teus amigos a empurrar-me até à próxima saída, que, coincidência, é a rotunda do Horly. Só para ficarem aí os 6 (ainda por cima venho sobrelotado), trajados, ao lado do Motel onde, dizem, se pode ver estrelas, por vinte beijinhos.
- Tu queres ver?? Olha que isto não me fica de caminho…e agora?
- Agora telefonas para a seguradora e eu vou de reboque passear.
- E eu?
- Tu não vens de reboque, óbvio. Desenrasca-te que eu ´tou doentinho e preciso de descansar.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O Portugal

A continuação

A federação nacional de cegos norte americana emitiu um comunicado a censurar o filme Blindness, baseado no Ensaio sobre a cegueira. Na passada terça um amigo, professor a exercer, confessou que já em desespero de causa, depois de tentar tudo que havia para tentar, deu a chamada sapatada num miúdo (12 anos) que teimava em querer destruir a sala. O problema dele era o medo da reacção dos pais. MEDO DA REACÇÂO DOS PAIS! Em que momento das nossas vidas perdemos o bom senso, a alegria, a noção da realidade? Só oiço barulho. Tudo é barulho. A partir desta segunda vou começar a substituir as t-shirts por camisas, os ténis de sola branca por algo aproximado a sapatos e arrumar as calças mais largas. Desejo de mudar de visual? Nem por isso, necessidades ligadas ao mundo do trabalho. Entrar numa organização (em todos os sentidos que este conceito possa abarcar) implica adaptação, visto que esta é um grupo que partilha valores, crenças, ideais, tradições e objectivos. Fazer parte, a tão afamada integração, mais não é que aprender, interiorizar, aceitar e repetir todos estes valores e rituais. Fui praxado e ao longo de quatro anos assisti a praxes, sem participar activamente (apenas marco presença). Sou a favor da praxe académica na sua essência, a da integração. E sei que funciona assim na maioria dos casos. Permite que as pessoas se conheçam, se sintam à vontade, percam a vergonha e os receios. A partir do momento em que tenho que rebolar por cima de uma colega já está criada intimidade Os únicos momentos de revolta que senti foram dirigidos não para excessos mas para a falta de seriedade. Quem praxa e sente gosto nisso não aprova violência nem exageros. Sinceramente, custou-me ver a reportagem da sic (não me apetece procurar o link), não só pelo painel de comentadores ser constituído por pessoas fortemente habilitadas a falar de jardinagem, astrologia, astronomia, culinária, desporto, filosofia, vindimas, literatura, e coisas da sociedade em geral, mas também pela procura exaustiva e facciosa (para não dizer fora da realidade) dos efeitos nefastos da praxe. Eu vejo a universidade como algo mais do que um simples depósito de corpos em transição. É uma história, são tradições e relações. Trajar, formar uma associação de estudantes ou ser praxado são frutos da mesma árvore. Dizer que só é praxado quem quer é verdade. Tanto como eu querer vestir camisas. Não me lixem com as influências gupais que eu respondo com criação de identidade de grupo. Se, e acredito que a questão esteja nesta conjugação subordinativa (é, não é?), existirem pessoas competentes, com maturidade suficiente para conhecerem a missão que têm pela frente, bem ensinadas, a praxe só pode ser o melhor momento da vida de um aluno na faculdade. Isso e começarmos todos a relaxar um bocado, nem que seja à base de canabinóides e álcool, em casa ou em festas académicas.