quinta-feira, 20 de março de 2008

A propósito da nossa YouTube star com direito a tempo de antena no telejornal

(Para quem passou o dia a dormir)

Toda a gente opina, todos propõe soluções (“toda a gente critica/ toda a gente tem muita pinta:)). E eu, salvo alguns casos, não gosto de ficar atrás de ninguém. Gosto principalmente da corrente era-dar-lhe-um-estalo. Se bem que os fervorosos adeptos da teoria isto-é-culpa-do-Sócras também têm a sua graça.

Ora bem, embora tenha barba ainda sou um puto. Porém, lembro-me que “no meu tempo” (gosto tanto desta expressão…), já existiam conflitos, trocas calorosas de epítetos ou até alguma violência mais subtil (se é que isso é possível). O que eu quero dizer é que estas situações não são novas. A nossa geração Morangos com Açúcar possui é meios que nós não tínhamos. Não acredito que seja um reflexo, como este senhor declara, da política da educação do actual governo - «Como não existe respeito por parte do Ministério da Educação em relação aos professores, esse sentimento passa para os outros e, neste caso, para os alunos…». Sejamos sinceros, alguém acha que estes jovens sabem mesmo qual é a linha orientadora do actual governo? Sabem qual é o actual governo?

Todos sabemos que a violência nas escolas existe. Provavelmente, todos temos histórias para partilhar. Dirigir as culpas para o(s) ministério(s) é tão eficaz como afirmar que eu sou gordo porque como muito. Mentira. Não sou gordo, sou forte. Vá, tenho uma barriga bem jeitosa. Constatar o óbvio até o miúdo que filmou esta curta-metragem digna de um prémio constataria (e não estou a falar da minha barriga, porque provavelmente não me conhece). Contudo, sou gordo, perdão, forte, vá, tenho uma barriga jeitosa, porque como mal, em quantidade e qualidade, porque faço pouco exercício, ou até porque poderei ter alguma pré-disposição genética para ser bem constituído. No nosso caso em estudo, a violência nas escolas é um produto da educação, não do ministério, mas daquela que é aprendida por cada um (seja em casa, seja na escola ou mesmo no youtube). No meu caso, existem nutricionistas, neste posso assegurar que existem perto de 2.000 psicólogos no desemprego…


2 comentários:

Mestre Moé Lá disse...

Só me faz lembrar um anúncio que havia há uns tempos, de uns amigos que iam atirar outro à piscina e ele só dizia "Eh pah, olha o tuélémuóbel, o tuélémuóbel!!"

Anónimo disse...

era-dar-lhe-um-estalo.. com um pau!

o Mark