segunda-feira, 28 de abril de 2008

A questão

Os actores da série juvenil Morangos com Açúcar são tão bons que conseguem representar personagens que representam mal ou são mesmo fraquinhos?

It's kinda like summer

domingo, 27 de abril de 2008

Numa televisão perto de si

- Por mim coloca-se de parte a ideia do António. Não me interpretes mal, mas acho que é muito arriscado. É demasiado diferente.

É só mais uns meses e acaba, pensou António, do alto dos seus 187 centímetros. Desde que chegara à empresa ainda não tinha encontrado o seu espaço, o que acabava por ser natural visto que era um mero licenciado. Definitivamente, não encontrava forma de se impor, nem às suas ideias. Uma após a outra eram categoricamente rejeitadas sempre com o epíteto de diferentes, inovadoras demais, radicais ou fora do contexto, típico de inexperientes, como já lhe tinha feito questão de salientar Bárbara, a directora do departamento. Esta tinha sido a última proposta que apresentara, jurou para si pela alminha da sua avozinha. Doravante anuiria com a cabeça, concordaria com tudo o que lhe dissessem ou propusessem, excepto, claro, as missivas sexuais para encontros escaldantes na arrecadação de limpeza que a secretária do director do departamento financeiro insistia em enviar, apenas com o olhar. O seu namoro tinha perfeito 7 anos há uma semana e António orgulhava-se de nunca ter olhado, se quer, de uma forma mais provocatória para quem quer que fosse. Às vezes, até para a dona do seu coração se esquecia de olhar. Como era possível negarem uma ideia tão brilhante? Acabara o curso com uma média arrebatadora, polvilhada de elogios e mérito, lera tudo o que lhe recomendavam e ainda mais, o seu curriculum vitae, modelo europass, deixava qualquer um insuflado de inveja. Iludido com a perspectiva de trabalhar numa multi-nacional, aceitou este lugar, em detrimento de um outro numa empresa de distribuição. Mas a verdade era demasiado dura para ser…verdade. Seria tão fácil revolucionar a publicidade nesta área…até porque já era tempo de alguém o fazer. Como detesto esta cascavel, desabafou para os seus botões. Desde que ali chegara, Bárbara tinha-se encarregue pessoalmente de lhe infernizar a vida. Afinal ela é que era a Directora do Departamento de Marketing, e não se lembrara de pedir mais um colaborador para a sua equipa. O departamento de recursos humanos deve ter acedido a alguma cunha, só pode. Ainda por cima não sabe estar calado, aqui o chico-esperto, sempre com a mania que sabe, que leu os livros. Eu também li, eu também estudei e acabei o meu curso, há 17 anos atrás, quando era mais difícil. Ainda o ano passado participei numas jornadas, em Praga. Que cidade tão linda…quase nem tive tempo para ver as conferências. Pode saber muito de teoria, mas que sabe de prática? Nunca trabalhou nisto! Se até aqui as minhas fórmulas têm resultado, não vai ser agora que se vai mudar. Muito menos com ideias tão ridículas vindas de alguém tão novo.

- Pois é António, peço imensa desculpa, como lhe disse não é nada pessoa, porém acho que devemos manter a tendência e o padrão de mercado. O cliente já está habituado e gosta assim. Conseguimos passar a mensagem. Desta vez quero mais raparigas vestidas de branco a dançar. Arranjem-me uma música simples e festiva, de um grupo feminino desconhecido. Estou a conseguir visualizar…esperem…é isso! As raparigas vestidas de branco caminham por um vale verdejante ao som da música estúpida ao mesmo tempo que vão construindo uma muralha! Sim…isso…depois começam a surgir, do alto da colina outras raparigas vestidas de vermelho, também elas muito contentes, caminhando em direcção à fortaleza construída! A seguir, passa para um plano delas todas juntas a cantar e a dançar, como se fosse tudo uma grande festa! Ah, e não se esqueçam dos confetis! Queremos que as nossas mulheres sintam como é agradável este período do mês! Que dizem?

Os restantes três elementos presentes na sala acenaram afirmativamente com a cabeça e saíram o mais rápido possível para se rirem de forma alarve.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

E num é?

Há pessoas tão famosas, mas tão famosas, que possuem pêlos públicos.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Defeito de fabrico

Crise de ansiedade generalizada. É o nome técnico. Eu acho que é um eufemismo. Isto é um bloqueio geral. Não consigo fixar a atenção em nada. Salto de um estímulo para o outro. Cara em cara, sinal em sinal. Não consigo ler mais que os títulos dos jornais. Com o resto fico impaciente. Tenho que esperar. Não nada pior que esperar nestas alturas. Só me apetece fugir, mas nem isso consigo. Então fico muito quieto e inquieto. E o físico é o pior. Sensação de aperto no coração e o estômago mais perto da boca que nunca. Por isso tenho medo de abri-la. Não sei o que pode sair. Sensação de total descontrolo. Como disse, um eufemismo.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Tira a Patinha

Se eu me chamasse Patinha Antão acho que a única coisa a que me candidataria seria a Líder do Clube de Fotografia da escola secundária. E mesmo assim...

Sabem o que dá na Tv a partir das 3h?

Para meu espanto e revolta o que pensava ser insuperável foi pulverizado. Pensei que o ridículo e o desespero tinham atingido máximos quando vi o Kimbé da Sic. Porém, acabei de ver o Kapinha, da sempre atenta Tvi, e todos os meus critérios e padrões foram dizimados.

Melhor Clube do Mundo

Mesmo depois dos votos do Mestre Chou Riçá no Chafé, a Académica foi eleita a Melhor Equipa do Mundo pelos leitores do Ar Mando da Verdade.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Considerações sobre o meu quotidiano

Não gosto de me levantar cedo. Muito menos num sábado de aulas. Mas tem de ser. Não gosto de comprar preservativos, mas tem de ser. Bem sei, sou eu que imponho estes determinantes. Sou livre. Posso escolher. A vida é bela. E tal. Porém, como sou uma pessoa responsável e que não se quer meter em trabalhos, aproveito a vida de outra forma. Não é o facto de ter que os usar (até porque me ajuda – uso daqueles retardantes possibilitando-me atingir os 50 segundos de performance). O que eu não gosto mesmo é de os comprar. Não sei como fazem, se delegam a responsabilidade no outro, se vão às máquinas das farmácias, se aproveitam os que a mãe deu ou ainda se reutilizam. Eu vou ao supermercado (ou hipermercado, como preferirem). Sim, eu sei, para quem não gosta escolho o sítio com mais gente. Contudo, é o local que nos permite maior discrição e possibilidade de camuflagem. Até já tenho uma rotina – levo a carteira na mão, aproximo-me rápida e decididamente da secção, como quem não quer a coisa, puxo uma caixa previamente escolhida (muito importante) e guardo-a na mesma mão da carteira, escondendo-a. A caixa, claro. O segundo momento embaraçoso é passar na caixa. Como costumo ir, nestas situações, apenas com aquele objectivo teria que me apresentar só com aquele artigo. Todavia, como sou um gajo inteligente acabo sempre por escolher algo mais. O normal são batatas fritas. Assim disfarça. Ah, e prefiro caixas masculinos. Só se riem. As gajas olham de maneira estranha. Estranha porque não sei se me censuram ou se os querem experimentar. O meu maior medo é cruzar-me com alguém conhecido. E no topo estão os pais da namorada. Podem supor e imaginar, mas não precisam de provas, certo?

- Olá!!

- hum…olá…

- Por aqui? Comprinhas?

- Pois…tem de ser…

- Batatas fritas…depois diz que está gordo!

- É…

- E isso, o que é?

- O quê? Não tenho nada…isto? Mas…mas…o que é isto? Quem me pôs isto aqui, na minha mão atrás da carteira? Esta gente…

- Pois…

(silêncio)

(muito silêncio)

- Bem, vou buscar paprika. Estou mesmo a precisar.

- Claro. É verdade, aproveito para lhe dizer que o jantar deste fim-de-semana foi cancelado. Passe bem.

- Hum…ok…então boa noite sim?

sexta-feira, 18 de abril de 2008

O meu contributo para a notícia do dia

Queria deixar aqui o video. Gostava que toda a gente visse, ou ouvisse. Não se deixem assustar pelos 8minutos do video. O importante é o minuto 4.10. O senhor Luís Filipe Menezes diz...imbigo! Pessoas que só olham para o seu imbigo! Vejam, a prova está aqui.

Estou em posição de missionário

Apresento aqui a minha demissão.

Quer dizer, mas acho que me vou recandidatar. Só para dar mais pica...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

A inversão da lógica ou uma possível entrevista (2)

Jornalista Totalmente Sportinguista - Rui Costa, é uma época sem títulos... Sente-se triste?

Rui Costa - Está a ser injusto... O Torneio do Guadiana também conta... Sinto-me triste, isso sim, por ter andado a jogar com o Kaká e o Pirlo, e agora acabo a fazer passes para o Petit e o Maxi Pereira...

Jornalista Totalmente Sportinguista - E deste jogo, que recordações?

Rui Costa - O talento de Quim, que adiou o inevitável, quando nenhum tipo de leguminosa nos cabia no esfíncter... A classe do Luisão, que chapéu... Os parafusos do Petit, espalhados pelo relvado de Alvalade e, como se pode ver na página catorze d'A Bola de 17 de Abril de 2008, o momento em que o João Moutinho, esse grande jogador, me dá a mão para me ajudar a levantar e diz "Um jogador da tua classe está a mais no meio destes"...

Jornalista Totalmente Sportinguista - Vai jogar mais um ano?

Rui Costa - Só se fosse no Milan, outra vez...

Jornalista Totalmente Sportinguista - E quando for director, qual a primeira medida?

Rui Costa - Mandar instalar Internet no Estádio da Luz, bem como em casa de todos os funcionários do clube.


Momento mais "activo" do meu dia

Vamos lá apagar a chama!

A inversão da lógica ou uma possível entrevista

Jornalista totalmente imparcial – Rui Costa, o melhor jogador português a actuar no nosso campeonato e uma das glórias de Portugal, agradeço imenso ter acedido ao nosso pedido. Gostaria de lhe expor algumas questões…

Rui Costa, o Grande – Imagino que sim. Esta entrevista terá que ser rápida pois tenho que tomar conta de algumas crianças que por aqui andam. A minha mãe sempre me disse – Ruizinho, não te metas com miúdos caso contrário ficas todo borrado.

J.T.I – Compreendo. Tentarei ser o mais breve possível então. Rui, comecemos pelo óbvio. O que se passou ontem à noite?

Maestro
– Ontem foi daqueles jogos que só devia ter uma parte. Neste caso, devia ter acabado ao intervalo, claro. Oferecemos uma bela lição de como jogar futebol ao Paulo e ao Paulinho. Na segunda parte…ainda não consegui entender o que aconteceu. O Miguel Veloso corria, o Djaló marcou e até o Derlei não falhou. Quando isto acontece só podemos retirar uma conclusão – foi um jogo único. É como o Pinilla marcar três golos num jogo. Ou o Tiuí alguma vez marcar um. São situações improváveis mas que, por alguma conjugação de factores, podem acontecer.

J.T.I – Realmente tenho que concordar consigo. Aproveito para o congratular pela excelente época que está a fazer. É inevitável pensar que poderia jogar mais um ano…

Rui, grande jogador – Muito obrigado. Faço o que mais gosto – jogar à bola. Obviamente que gostaria de continuar, mas encontro-me numa situação difícil…

J.T.I – Está a referir-se aos seus 36 anos com certeza…

Quer dizer, excelente jogador
– Não. Claro que não. Não me viu a correr ontem e a marcar um golo cheio de inteligência e classe, que não tocou em nenhum defesa enganando consequentemente o guarda-redes? É certo que um jogador deve saber quando se retirar, caso contrário corre o risco de se arrastar e minar uma imagem que demora anos a construir. O meu problema foi ter sido obrigado pelo senhor presidente a tomar uma decisão quando ainda faltavam meses para acabar o campeonato.

J.T.I – Estará por ventura a colocar as culpas no presidente desta instituição?

Jogador que dava jeito na selecção
– Claro. Mas preferia que retirasse estas declarações da entrevista. É que o homem realmente não é muito inteligente. Já para não dizer que é um péssimo gestor. De pneus provavelmente não. Mas gerir pneus é um bocado diferente do que gerir uma instituição como o Benfica. O Luís vem no seguimento de uma forte linhagem de presidentes incompetentes. Como dizia, o nosso clube de futebol não possui um director. No início da época o presidente decidiu acumular os cargos…ele é limitado, às vezes esquece-se de respirar. Como poderia acumular dois cargos? Quando viu que fez asneira despediu um treinador que transformara a Luz no Inferno outra vez e que já não perdia um jogo há muito tempo. Foi buscar o espanholito como se D. Sebastião se tratasse. Acontece que o D. Sebastião do Benfica sou eu. Não há espaço para os dois. Para completar o arranjo nomeou-me director desportivo, sendo eu ainda jogador. Como se sentirão os meus colegas no balneário?

J.T.I
– Compreendo. E mais uma vez tenho que concordar consigo. Como benfiquista que é como se sente quando olha para a lamentável época que o Glorioso está a fazer?

O 10
– Triste. Revoltado. Sozinho. Alface.

J.T.I
– Alface?

Um ídolo – Sim, alface. Não lavou bem os dentes e ficou com um bocado agarrado aí entre o canino. Retomando, eu cresci numa época em que o Benfica não pedia licença para ganhar, um jogo em que ganhasse por menos de 3 era um dia triste, um mau jogo, fosse a quem fosse. Há aproximadamente uma década para cá tem sido o descalabro. Continuo orgulhosamente benfiquista pois ser do Benfica é sentir esta mística, é ser diferente. Se temos que ser sofredores por mais uns tempos, sejamos. É uma travessia no deserto e uma prova de fé. Já joguei no Milan e posso comparar. Não há nenhum clube com a grandeza, com a magnitude, com a altivez que o Benfica possui. O Benfica é o Benfica. Que o digam os milhões de adeptos espalhados por todo o Mundo. Levantem a cabeça e tenham orgulho no que são.

J.T.I
– Eu que sou um jornalista imparcial estou com uma lágrima no canto do olho…

O maior – É normal. É o poder do Benfica. Agora, vai-me desculpar mas vamos ficar por aqui. O Chalana não pára de chorar, repetindo que isto só pode estar a viver um pesadelo. Veja lá que já se quis inscrever para poder jogar…Aqui entre nós…se o Luís Filipe joga…

J.T.I e comovido – Luís quê? Não conheço…muito obrigado pela sua disponibilidade e até uma próxima.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Bella Italia

SSC Napoli 2 - 0 Atalanta Bergamo

Arezzo 0 - 2 Ancona

Pro Sesto 2 - 0 Novara

Sambenedettese 0 - 0 Potenza

Pistoiese 1 - 1 Martina

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Convicções fortes

Depois do incidente prometeu a si mesmo que não voltaria a usar a t-shirt que tinha comprado na Natura e que por coincidência envergava no momento. Save the Nature, feel the life dizia. Tudo bem que a abelha não sabia ler e, por norma, não distingue defensores da Natureza do resto da malta, mas que sabia onde picar, isso sabia.

domingo, 13 de abril de 2008

Parabéns mamã

Começou por ser um pedido de ajuda. Desesperado, arrastava-se pelas divisões da casa reclamando atenção, ao mesmo tempo que dirigia e fixava os seus profundos olhos pretos suplicantes em quem passava. Demasiado absortos nos seus mundos, embrenhados em pensamentos e ocupados com tarefas do quotidiano, ninguém correspondeu ao olhar, ao pedido de auxílio.

Bastava alguém levantar a cabeça, largar o próprio campo gravitacional e arrumar o egocentrismo para evitar a tragédia que, fatidicamente, se começava a desenhar. Como tal teimava em não acontecer, sucumbiu num grito de revolta que marcou o fim do sofrimento e a escolha pela solução mais fácil.

Contrariando todos os ensinamentos, Fredy, o cão salsicha aliviou-se no chão da cozinha para espanto e indignação de todos.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Parabéns a nós!

Faz hoje um mês que iniciámos este projecto. Portanto, já durou mais 28 dias que o esperado. Mais de mil visitas e 52 entradas depois aqui estamos, felizes e contentes. Só paramos quando o Pacheco Pereira comentar. Mas o verdadeiro. Continuem por aí, esperam-se novidades. Beijinhos para o Moé Lá e para o Pa Nádu.

Bom fim de semana

quinta-feira, 10 de abril de 2008

E este tempinho, heim?

O dia não estava disposto a ajudar. Cinzento, molhado, desagradável. Daqueles dias que juntam tantas nuvens escuras e densas que nos fazem sentir sufocados, com pouco ar para respirar tal a proximidade do céu. Gosto destes dias quando posso estar deprimido à vontade. Adormecer com o som das gotas a esmagarem-se contra a persiana e dos carros a deslizarem na estrada molhada. Gosto quando posso ficar a percorrer todos os centímetros da minha cama. Gosto quando me levanto da cama apenas para vestir as calças de fato de treino e arrastar-me para o sofá. Mas quem é que afinal faz mesmo o que quer? A muito custo e com muito sofrimento levantei-me. Nesse preciso momento soube que não ia ser um dia fácil. Que dor de cabeça! Daquelas que só de olhar dói. Daquelas dores que só afectam a testa mas não nos deixam sorrir. O que se faz quando acordamos mal dispostos e temos que nos levantar por obrigação para enfrentar um belo dia húmido e cinzentão? Ah, e temos por companhia indispensável uma dor de cabeça que não nos deixa ouvir ou ver o que quer que seja? Vamos para eventos sociais, repletos de pessoas, barulhos e futilidade (também evitamos ouvir a RFM). Resposta óbvia. E o que fazem as pessoas nestas situações? Falam e batem palmas. Óptimo para quem está com uma dor de cabeça espectacular. E o que fazemos nós nestas alturas? Convivemos e sorrimos. Só que a minha dor de cabeça não permite sorrir e a minha vontade está longe de convívios. Por mim desaparecia já. Para longe. Bem, não precisa de ser para longe, basta é não haver ninguém por perto. Começo a sentir aquela sensação de sufoco, claustrofobia. Tantas obrigações...responsabilidades...Não quero estar aqui! Nota-se na minha expressão? Não há forma de nos evaporarmos sem ninguém reparar? Não? Mas devia haver. Lembro-me dos mails que recebo diariamente. Dá mais valor à vida, olha como ela é curta. Aprende a valorizar os pormenores, as pequenas coisas. A vida é bela! Realmente, de que me queixo? A família está porreira, o coração vai andando, tenho amigos, uma casa, não passo fome. Tudo bem que não paguei a conta da luz do mês passado e o depósito está na reserva e a minha conta só diminui. Mas o dinheiro não é tudo na vida, certo? O importante é saúde. Os meus problemas, dúvidas e incertezas nem são assim tão importantes e o esforço que faço para sorrir e acompanhar uma conversa nem é assim tão grande (de qualquer forma a dor é tanta que já nem a sinto). Agora que penso bem, isto deve ser a minha sinosite a atacar em força. Cansado, com pouca vontade para sair da cama, incapaz de me concentrar, dores de cabeça...Que estupidez a minha julgar que seria outra coisa qualquer. Afinal não sou nenhum McCandless, ou em português, um Variações. Então como se resolve um dia destes? Sentindo a água a acariciar o corpo (a do chuveiro, não a fria da chuva), um Zyrtec e cama.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Anos 90


Oh Zé Baptista, lembras-te?

Mestre Moé Lá recomenda

Vale uma visita com tempo. Há muito para rever e reviver...
Coisas do Antigamente

Não percebo como uma notícia desta importância passa incólume à crítica da ala mais interventiva da nossa sociedade

«В ворохе ежедневных новостей можно получить столь удивительную информацию, что хочется лишний раз проверить, правда ли то, что печатают наши СМИ? Встречается всё что угодно – от прямого нарушения положения основного закона Российской Федерации «О неприкосновенности жилища» (оказывается, судебные приставы могут зайти в вашу квартиру и без вас) до разнообразных версий и былей по поводу реформы ЖКХ. »
Retirado daqui.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Panados na Feira do Livro

Depois de visitar a Feira do Livro, fiquei a pensar qual seria o conteúdo de alguns dos livros que lá encontrei, como por exemplo, "Aprende Matemática com o Benfica". Eis o meu palpite:

"Num jogo do Benfica, são vendidos dois milhões de sandes de courato. Em vinte jogos, quantas sandes se vendem?"

Isto permitiu-me pensar sobre alguns tipos de livros similares. Eis alguns exemplos:

- Aprende Matemática com o Sporting

"O Sporting falha trinta e cinco penalties por época. Em dez épocas, quantos penalties falha?"

- Aprende Matemática com o Porto

"Uma viagem ao Brasil custa dois mil euros. Quanto custam vinte viagens?"



Coisas "Qu'Istragam" (2)

Ver um jogo do nosso clube ou jogar PES contra um amigo e sofrer um golo no primeiro minuto.

P.S. : Esta situação é, na maior parte das vezes, acompanhada de expressões de frustração do nível de "F***-se, já está a p*** da nhánha!!!"

Panados à Escolha

Panado de Perú: Zeca, por ter vencido Cristiano Ronaldo na nossa última votação, sobre o melhor jogador do Mundo. Para Ronaldo, perder para Kaká ou Messi é uma vergonha, perder para Zeca (ou Joseca, para os amigos...) é um orgulho.

Panado de Porco: Sven Goran Eriksson, pois o seu nome surgiu, há dias, associado ao Benfica. Já não chega todo um passado, surge agora nova mancha na carreira do treinador sueco...

Que fazes? Protesto...

A palavra activista implica à partida a existência de acção, logo, é antónima de passividade. Então porque é que estes senhores são considerados activistas se não fazem a ponta de um corno na vida excepto foder os outros e fumar umas coisas?

domingo, 6 de abril de 2008

E já vão 27...

Ó Ronaldo, tu que inventas soluções (que eu teria resolvido com um simples toque), tu que usas e abusas dos teus atributos técnicos (reconheço-te alguma superioridade nesse campo), tu que rematas com uma violência fora do comum (tenho um amigo que chuta mais forte que tu), tu que fazes inveja ao vento quando corres (se bem que eu apanhava-te facilmente), podias guardar alguns golos para o Euro (já que o Scolari teima em não me convocar).

Que festejavam ontem à noite as 11 pessoas que estavam na avenida?

Segundo uma sondagem, realizada, tratada e analisada ontem e divulgada hoje, pela melhor universidade do Mundo (aquela que faz este tipo de coisas e que forma gente espectacular como eu), na noite anterior à publicação deste interessantíssimo post, numa avenida da Invicta registaram-se níveis recordes de falta de dentição frontal e/ou lateral por metro quadrado.

sábado, 5 de abril de 2008

E o gordo sou eu?

Notícia d'A Bola: "Miguel Veloso reabre porta de Inglaterra"

Possível notícia do Record: "Miguel Veloso reabre a porta do frigorífico. Pela 420ª vez no dia."

Começou a pré-época. Já fui ao Bom Jesus a pé.

Gostava de escrever melhor. As palavras fascinam-me. Adoro dar-lhes forma e sentido. Adoro vê-las nascer da ponta da caneta, embora saiba que não me pertencem. Gostava de compreender o sentido de todas. Ouvir o que cada uma tem para me dizer. Por vezes penso que não as mereço. O que anseio mesmo é dominá-las. Ser um comandante, um rei, um ditador das palavras (este desejo nunca passará disso mesmo. Essas figuras que povoam a história e o imaginário ou não tinham maleitas, ou a tê-las eram algo dignificante, desde uma sífilis a um distúrbio da personalidade. Eu tenho uma colite). Quero mandar nas palavras. Ordenar-lhes para não me fugirem, aglomerá-las por significado, para não ter que recorrer ao dicionário de sinónimos do Word, aprender o melhor e o pior de cada uma delas para saber quando as usar. Mas elas não querem saber de mim. São como aquelas miúdas que nos usam para fazer ciúmes sem nos darem uma hipótese. Parece-me que continuarei a ser escravo das palavras, sem revolta em perspectiva.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Olhó belo do momento machista no blog

Está a chegar aquela altura do ano em que todas as gajas parecem boas. Nem que seja ao longe.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Um momento "quero agradecer à Academia..."

Obrigado Triumph, obrigado Tezenis, obrigado Victoria`s Secret, obrigado Women´secret, obrigado Dim e afins. Obrigado por existirem e tornarem a nossa vida (de homem) muito mais suportável.

Queres o telemóvel, queres?

terça-feira, 1 de abril de 2008

Carta aberta ao Sr. Lidl

Nota prévia: Vou publicar esta minha opinião num blogue para o qual costumo contribuir, que por sua vez é visitado diariamente por 3 a 4 pessoas. Se no seu entender admitir que estou a fazer publicidade aos seus serviços e produtos agradecia que me compensasse. Não necessita de ser financeiramente. Contento-me com uma lasanha por cada vez que escrever Lidl.

Confesso que a sua criação foi uma descoberta tardia. Nem sempre me senti atraído. Só consigo comparar o seu rebento com as namoradas a sério. As companheiras que escolhemos para a vida nunca foram modelos, nem são as mulheres mais bonitas do mundo (objectivamente falando, claro). Nunca são as mais sofisticadas nem tão pouco as que chamam mais a atenção. A mulher que eu quero que me veja a tomar Viagra não nasceu de amor à primeira vista, nem será fruto de uma tórrida paixão. Escolhemos a companheira por ser especial, porque a conhecemos nas suas virtudes e defeitos. Sim, ela não é perfeita. E ainda bem. A relação que mantenho com o seu mais que tudo, e desculpe-me o devaneio, é deste género. Conheci o Lidl por necessidade. Numa emergência tive que fazer as minhas pequenas compras lá. Admito que não fiquei muito bem impressionado com o aspecto. Senti-me até num super-mercado romeno. Ainda hoje sinto que viajo quilómetros através de um qualquer método de teletransporte lidliano. Tantas marcas desconhecidas, que fazem as caixas de cartão aqui?, onde estão os expositores?, quem são estas pessoas?, porque é que os trabalhadores parecem fugidos do armazém? Eu percebo. Faz parte da sua adaptação das estratégias de liderança de custos do Sr. Porter. Porém, terá que reconhecer que para o povo português a aparência tem alguma importância. Demorei a voltar, embora já na altura tenha reconhecido a qualidade das pizas. Daí até ao que sinto hoje só posso classificar como um agradável processo de experimentação e conhecimento mútuo, no qual as lasanhas, o pão-de-alho, os sumos naturais, os gnochis, o leite condensado e mais tarde os pastéis de bacalhau tiveram um papel decisivo. Como lhe tentei explicar na metáfora parva, o Lidl não tem boa publicidade, o Lidl não tem o melhor aspecto, o Lidl não é o supermercado mais bonito. Mas que interesse tem isso? Como os feios costumam dizer para se desculparem (eu inclusive) – o interior é que conta. E nesse capítulo Sr. Lidl, o senhor arrasa com a concorrência. Cativou-me e fidelizou-me. Agora só penso em aproveitar tudo o que tem para me oferecer. Aprendi a classificar como insignificantes os defeitos da sua obra, pois estou maravilhado com a sua beleza interior. Gostaria de o felicitar, não só por ter tido esta ideia genial, como também por resolver abrir mais um destes espaços de luxúria a 53m da minha casa. Outra ideia brilhante. Termino com o melhor elogio que poderia fazer à sua criação – se tivesse que ficar fechado numa superfície qualquer, escolheria o Lidl, sempre.

Com os mais sinceros cumprimentos, o seu cliente mais fiel,

Mestre Chou Riçá

P.S. – Depois informe-me como faço para levantar as 8 lasanhas.