quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Da secção: "Coisas que definem uma pessoa"

Eu sou do tipo de pessoas que usa os espelhos dos elevadores para espremer borbulhas e tirar cenas dos dentes.

Isto é televisão

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Também sabemos bué de poemas

Um homem trabalha uma vida inteira,
Para um dia regressar,
E no estrangeiro, é sempre um forasteiro,
Com saudades de seu lar,
No coração, trás a mulher que ama, e que sempre amará,
Aquela cara bonita e aquele corpo divino que nunca esquecerá

Eu sei, eu sei, és a linda portuguesa
Com quem eu quero casar,
Já corri mundo e não encontro outra igual
Com quem eu queira ficar,
A mais formosa, mais gostosa das mulheres
Que Deus pode criar
Ai a saudade e a esperança de um dia
Voltar para te abraçar

É no Inverno, que no meu peito, é maior a solidão,
E essa tormenta de ter que esperar, o Agosto em Portugal
Na minha oração, eu peço ao Senhor, o milagre de voltar
E olhar essa cara bonita, e esse corpo divino
Que eu nunca esquecerei

Eu sei, eu sei, és a linda portuguesa
Com quem eu quero casar,
Já corri mundo e não encontro outra igual
Com quem eu queira ficar,
A mais formosa, mais gostosa das mulheres
Que Deus pode criar
Ai a saudade e a esperança de um dia
Voltar para te abraçar

Ma Rante

É a educação

Se isto fosse em Portugal, era motivo para a demissão do Sócrates. E do Mesquita. E do país todo.

sábado, 20 de setembro de 2008

Bom fim-de-semana




Declaro como oficialmente encerrado o período do não-se-faz-nada-podíamos-ir-até-à-praia.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Depressão artística

O povo português é triste. Chavão que até a esta alma banal e empedernida causa agonia e arrepios, e não dos bons como se nos tivessem a lamber a orelha. Orgulhosamente ostentamos a bandeira da saudade, como se fossemos os únicos a senti-la. Apregoamos alegremente a soturnidade do fado como se de uma boa canção de blues se tratasse. Nada contra. Eu próprio fico mal disposto de cada vez que entro na loja do cidadão. O bom humor mascarado nas caras carrancudas (muito bem mascarado e escondido, por sinal) já é tão genuíno como o torcicolo natural do Horacio (ler com sotaque inglês). Toda a taciturnidade, atribuída do alto da nossa melancolia, a quem nos rodeia só espera por uma boa queda, um rasgo de sol ou apenas por um sorriso para esmorecer. Mas eu sou diferente. Não sou vítima dos meus genes, nem tão pouco do estado do tempo. As minhas preocupações não são fúteis. Sofro da auto-diagnosticada e por mim baptizada “Depressão Artística”. Um taxista a enfrascar cerveja numa tasca é triste, quiçá deprimente se o Benfica tiver perdido. Já uma pessoa como eu afogar-se em whisky no seu sofá de couro enquanto ouve Jeff Buckley e reflecte sobre grandes temas que nunca terão solução, como as relações, fé ou o lugar do Aimar no onze do Benfica, emana estilo. Ou acordar às 17h da tarde para percorrer a casa de boxers e esperar pelos Morangos, tal como no dia anterior, e no anterior ao anterior, em ciclos cada vez mais apertados e asfixiantes. Se eu tentasse mudar a situação e não conseguisse caí a máscara. Eu não tento mudar. É uma melancolia contida e realizada. Se desperta em mim um sentimento de negrume incontido, um rasgo de desespero sofrido, eu agradeço, porque dá-me profundidade, concebe-me toda uma aparência de alma maltratada, incompreendida. Procuro ter problemas mesmo que o único tormento tenha sido o churrasco de porco do Zé (não é o Zé que é porco) (o churrasco de porco do Zé (não é o Zé que é porco) é muita bom, aconselho vivamente, só que passado meia hora transforma-se na pior experiência de digestão, principalmente se tiverem comido a cebola toda). Vejo-me assim transformado em alguém cuja paciência esgota-se em segundos, deprimido, mesmo consciente de não existirem razões para isso, cansado do mundo e com vontade de gritar. Tudo isso cria uma aura de mistério e tormento, que por sua vez provocam preocupação nos demais que teimo em rejeitar. Eu estou bem (isto é só para o estilo, acrescento para mim). "Finge tão completamente/Que chega fingir que é dor/A dor que deveras sente", não fosse o outro a adiantar-se e isto não teria aspas. O sofrimento não tem de ser insuportável nem necessariamente malfeitor. É como aquelas pessoas que gostam de ser chicoteadas. Com aqueles chicotes de cabedal. Fininhos. Com coisinhas nas pontas. Não com demasiada força, a dor não pode ser muita, apenas o suficiente para achar a vida miserável (mas não brutal ou cruel) e depois voltar para o escritório. Ou escrever coisas destas. Digo eu.

Talvez o Moita Flores consiga explicar

O preço do barril de petróleo sobe, o preço dos combustíveis sobe. O preço do barril de petróleo desce, o preço dos combustíveis sobe.

Leonel e Lionel

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Nada a acrescentar

Sempre os mesmos gestos
Sempre o mesmo olhar
Sempre os mesmos passos
Sempre o mesmo não estar
Sempre o mesmo estado
Sempre o mesmo perder
Sempre o mesmo lado
Sempre o mesmo dizer
Sempre estar em grande
Sempre o mundo a topar
Sempre os mesmos corpos a rastejar
Sempre a mesma estrada
Sempre o mesmo nada

Sempre os mesmos ratos
Sempre camaleões
Sempre o mesmo fumo
Sempre as ocasiões
Sempre o mesmo é encontrar,
pensar, deixar para trás
Talvez amanha, pense outra vez
Sempre a mesma noite
Sempre o mesmo estar-bem
Sempre o mesmo engate
Sempre o mesmo ninguém
Sempre a mesma falta de cor e humor
Para parar e gritar:

Tenho fome de mais
Quero fome de mais

Sempre as mesmas vozes
Sempre as mesmas canções
Sempre o mesmo filme
Sempre as mesmas razões
Sempre as mesmas armas
Sempre o mesmo esquivar
Sempre o mesmo jogar
Sempre nunca lutar
Sempre as mesmas flores
Sempre o mesmo jardim
Sempre as mesmas roupas a cheirar a jasmim
Sempre a mesma calma
Sempre o mesmo "Hoje não"
Sempre falta de luz
E os pés no chão
Sempre o mesmo tecto
Sempre o mesmo medo
Sempre o mesmo não-ser
Sempre o mesmo parecer

Só cheiro o mundo a andar para trás
E sempre a mesma gente a ficar para trás
Aparecem, Acontecem, Esquecem que no fundo
Ninguém sabe o que faz

Tenho fome de mais
Quero fome de mais

Sempre a mesma vida
Encalhada nesse sempre

Fome de mais!

Toranja - Fome (nesse sempre)

domingo, 14 de setembro de 2008

Alguém me explica isto?

Domingo é um bom dia para passear no shópe, comer arroz de frango e ver Premier League (sim, que no estrangeiro o campeonato não pára 56 semanas). Excepto para aqueles que trabalham e tal. Também dá para fazer as compras para a semana. Ou melhor, daria, se o Continente ou o Feira Nova estivessem abertos no dia da semana em que as pessoas têm mais disponibilidade. Posso ser só eu a encontrar alguma incongruência nisto...

sábado, 13 de setembro de 2008

Dilema

Angelina Jolie em fato de mergulho justíssimo na tvi ou Halle Berry aconchegada pelo fato de cabedal (e chicote) na 1?

Acorda-me lá para as duas. A sério

Mais do que concordar, é saber que já dei por mim a pensar muitas vezes nisto. Inúmeras as vezes que já me apeteceu correr às 3 da madrugada assim como cortar o cabelo, ou comer uma francesinha. Nem quero falar de programação decente na tv (entre euronews em repeat, sociedade civil de ontem e programas para ligar mas que as gajas não se despem, venha o diabo e escolha). É durante este período que me lembro que tenho contas por pagar, podia dar um saltinho à loja do cidadão. E outro saltinho à tesouraria da Faculdade para espalhar impropérios enquanto pago a propina. Quem sabe até arranjar o meu disco externo. Admito que também sou vítima do meu próprio ritmo biológico. Isso é porque agora não fazes nada e podes escrever a esta hora ou mesmo ver pornografia, sabes que podes dormir das 5h as 5h (da tarde), dirá o ácido leitor enquanto esfrega o cotovelo. Sim, tem razão. Não só mas também, permita-me acrescentar. Há pessoas que possuem acrofases dos seus ritmos avançados em relação às médias populacionais, pelo que acordam mais cedo e são mais eficientes de manhã (madrugadores, matutinos ou cotovias). Outros possuem as acrofases atrasadas, pelo que tendem a acordar mais tarde e são mais eficientes para o fim do dia ou noite dentro (vespertinos, noctívagos ou mochos). Ora tomem lá. Se os senhores dizem que eu sou mais eficiente pela noite dentro porque me hão-de vocês, caríssimos leitores, massacrar com o tão gasto “deita-te cedo”? Em abono da verdade, eu até deito. Os nossos parâmetros é que não são os mesmos. Voltando um pouco atrás – pornografia? Não. Sim, já agora, um pequeno aparte, pois este tema dará para outra conversa – eu sou homem, os homens vêem pornografia, logo eu vejo pornografia, como todos os estimados leitores masculinos. Confesso aqui a minha preocupação, e saudade porque não admiti-lo, com a crescente escassez de filmes traduzidos para espanhol. Não precisam de ser boas traduções, aceitam-se traduções rudimentares, básicas, até podem não traduzir os brilhantes diálogos, mas quem me tira um “oh sí, dá-me-lo todo” sentido tira-me tudo. Cada vez mais o inglês se afirma como a língua universal e a este passo qualquer dia o “as roto mí ventana, vas ter que llevar con mí polla” ou o “corre-te caríño” não passarão de frases que preencherão as memórias e iluminarão sorrisos de uma geração. Continuando, não por muito mais tempo pois deu-me uma súbita vontade de…fazer uma pesquisa, a noite sofre de maus tratos. Gosto de encontrar algumas justificações últimas nas convenções sociais, iniciadas nos primórdios da civilização quando ainda achávamos o leão um perigo indomável (piada futebolística também), e a noite não é excepção. A noite é para os bandidos, alvitra sempre a minha avó quando me vê sair. Ou é para os gatos? Não me lembro, mas também gosto de gatos. Ok, acredito que no antigamente seria complicado fazer a nossa vidinha sem luz, mas nos nossos dias podiam manter o Lidl ou a Fnac abertas 24h por dia. Eu agradecia. E alguns desempregados também.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Pessoas que fazem e acontecem ou não consegui pensar num título

Já não cheira a Verão, muito menos a férias. Acredito que ainda cheire a pó. Só passei lá uma vez, não deu para ver bem o espectáculo. Porque dizes isso mestre? Porque caiu um prédio, andas a dormir? Não é isso, aquela cena do Verão e das férias. Ah, porque já tive que me matricular no segundo ano de mestrado. Através do site super funcional da instituição que frequentas como qualquer universidade que se preze mestre? Não, fui directamente à secretaria preencher o mesmo papel do ano passado. E pagar. 220 euros. De propina mestre? Não, só de matrícula. Mas naquela instituição que preza os mais altos valores (percebeste mestre? Altos valores!) e educa para servir ou forma para educar ou serve para formar ou lá o que é? Sim, essa mesma. Pelo menos tiveste férias mestre…queres contar como foram? Não. Sabes que o conceito de férias não passa de uma mera construção social sendo por isso bastante relativo permitindo diversas interpretações. As coisas que tu sabes mestre! Aposto que foste para a costa da Galizia (ou Galiza). Por acaso não, para território português ainda tem alguns espanhóis. E uma foto mestre? Não. Nem uma dos teus pés na areia ou de uma qualquer paisagem que tenhas achado engraçada e que com a tua máquina fotográfica sem objectiva mas que tu julgas ser bastante profissional tenhas captado de forma bastante amadora embora para ti seja digna de passar naquela cena da sic? Não, nem isso. Posso apenas dizer que preciso de alguma actualização. Isso é fácil mestre. Espera, deixa-me só ver como está a ficar a minha massa chinesa. Sabes fazer massa chinesa mestre? Sei. Compras no lidl um pacote de massa chinesa e cozinhas como se fosse esparguete. Uau mestre. E está boa? É igual ao esparguete, mas mais compacta. Dizias? Ah, sim. Acabaram os jogos olímpicos, mais pérola menos pérola, mais confusão menos confusão, e os portugueses gostaram tanto que não querem que este espírito do desporto e de coisas em geral acabe. Depois da moda do râguebi, e ainda com a clássica maratona de fuga ao fisco em constante optimização, voltamo-nos para os 100metros de roubo de estações de serviço, o (as)salto ao banco (ena pá, esta tá gira!) sem esquecer a estafeta leva uma ATM para casa. O normal então. Sim mestre. E na televisão, algo de novo? Anda a passar uma série de humor do melhor que se tem feito, qualquer coisa paraolímpicos. Tens que ver o episódio de futebol para cegos. É de rir. A sic começou a passar os piores momentos dos morangos com açúcar com “actores” muito fraquinhos. Ainda piores? Isso é possível? Sim mestre, os dos morangos comparados com estes são dignos de Óscares. Porém, aqui entre nós que ninguém nos ouve (ou lê, como quiserem), não passam de Quaresmas da rodovia. Ah! E num acto de extrema inteligência passaram os programas eróticos para os Sábados de manhã, com uma tal de Lucy…

(cont.)

Ah e tal, nós em Lisboa somos cultos...

A primeira vez em que se pode ver futebol a sério em Alvalade esta época é hoje. E os "adeptos" respondem assim.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Oh yeah!!

"There´s nothing that the road cannot heal..."

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Só uma perguntita...

Gajos altamente espectaculares

Há o A.S. (que é corista);

Há o Tozé (gajo altamente que come chouriças e caldo verde);

Há o Monhé (indivíduo tão espectacular que quase nos põe a levar no focinho em Guimarães);

Há o Dr. Etcétera (vulgo, cabeça de porco).


P.S. - Continuo a gostar muito de ti numa vertente heterossexual. Mas és um palerma.