sábado, 23 de agosto de 2008

É tudo temporário no tapete voador do calendário

É tudo uma questão de timing, sempre foi. Timing e contexto, já agora. De repente toda a gente sabe avaliar, de forma perfeitamente técnica e perfeita, as provas de triatlo, todos conhecem a carreira do Nélson Évora desde os tempos em que fugia dos leões na Costa do Marfim. Há uns meses toda a gente era capaz de comentar um jogo de râguebi muito profissionalmente. Desde então qualquer um é capaz de extrair magníficas conclusões convenientemente generalizadas em tom crítico-mas-eu-não-sou-assim sobre o nosso país e seu povo a partir de declarações de um palerma qualquer que vai fazer turismo para Pequim e para Beijing numa altura em que por acaso estavam a decorrer actividades desportivas em que ele até sabia mais ou menos as regras. De repente temos “espelhos da nossa sociedade” em gajos que gritam o hino emocionados e no gajo que lança o martelo (ou lá o que é) de preferência à noite. Timing e contexto. Tudo tem o seu tempo, os seus quinze minutos. Agora todos têm uma opinião extremamente imparcial sobre “a onda de crimes violentos”. Timing e contexto. Vulgo tesões do mijo (o meu Word não sublinha tesões!). É como o Jorge Palma ou a Brandi não sei quê da Super Bock. Muito bonito sim senhor mas já chega. Ou camisas cor de rosa. Ou os Xutos aparecerem de alguma forma ligados a uma cerveja sem álcool com uma música de merda (merda já aparece sublinhado…curioso). Timing. E contexto.


Adenda - Oh bale, não consigo atinar com as letras, tá tudo istragado. Que se passa?

Sem comentários: