segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Considerações de um dia cinzento

Já não há profissionalismo na mendicidade. A minha memória não se lembra da última boa história de pedinte que guardou nos seus arquivos. Por estes dias é só filhinhos acamados, um eurinho para a sopa ou para os remédios. Que é feito da imaginação? Do brio? Da classe? Do zelo? Parece o meu secundário, fazer o mínimo para passar. Enquanto o nosso país não meter na cabeça (fica ali para os lados de Trás-os-Montes) que o cliente satisfeito é primordial para qualquer negócio não vamos sair deste buraco. Mesmo os denominados gestores de espaço e inventores de novos lugares embora sujeitos a reboque, têm como dado adquirido receber a moeda. A troco de que trabalho? De nenhum, o meu carro tem sensores. Não há esforço por um bom serviço, olhe não o vou enganar, tem aqui um bom lugar mas o senhor agente costuma passar aqui. Não, nada disso. Os princípios éticos morreram. Foram assassinados pela sofreguidão, cúmplice da ganância. Nem o obrigado é sincero, é mais um acho bem, caso contrário riscava-te essa portinha linda. Que mundo cruel é este que não me permite ser enganado com gosto e ingenuidade? É isto que queremos ensinar aos nossos filhos? Quem os tem, claro…

3 comentários:

Anónimo disse...

Sõ como os gvernantes, andam por td o lado e não fazem nenhum....

Pelo menos estes só pedem um eurinho e dizem pr o que é!!!

Fica o apontamento....


Nota: as minhas letras de verificação são "ringt"... Qe cena catita!!!

Unknown disse...

"o meu carro tem sensores" - gabarolas do caralho!

p.s.- este poste quase que faz juz aos elogios que fiz à pessoa num recente jantar com uns amigos

Anónimo disse...

Faláveis de mim com amigos seu ser extremamente inchado por gorduras diversas? soa a elogio? "claro que não eram elogios. não se pode elogiar um burgesso da tua natureza. tu, a meu ver, és como uma torrada. sabes? aquelas que só ficam realmente boas se as deixarmos queimar um bocadinho..." ya ya...beijos