sábado, 6 de dezembro de 2008

...

Vive cada dia como se fosse o último, como nos morangos, tás a ver, que foram beber a essas prosas de salão de cabeleireira. Vive cada dia como se fosse o último. Se soubesse que não te voltaria a ver, não suportaria a despedida. Já a evitei, cobarde, não subi ao segundo andar do lar. Não quis ver, sabia que era a última vez. Balbuciei que não conseguia, queria guardar outras memórias, outras imagens. A angústia da última vez. Como a certeza do último beijo. Que não voltaria a sentir aqueles lábios. O fim. Não, volta só mais uma vez. A separação. Queda livre sem pára-quedas, a derrocada de todas as convicções. Pensei que irias ficar sempre por perto, embora conhecesse a efemeridade e o engano deste pensamento. Refúgios. Sempre refúgios. Porque não consigo viver cada dia como se fosse o último. Prefiro ser surpreendido a perpetuar uma despedida. Não me digam o que sentir. Muito menos o que não sentir. Acalento a minha angústia, a minha comiseração, os meus estados mais cinzentos mas a verdadeira tristeza quero-a bem longe de mim.

8 comentários:

Me disse...

*suspiro*
podes crer.

Anónimo disse...

então, pá? há clise? plecisas de colinho, é?

Me disse...

Não, pá. 'Tava a concordar de forma simpática. Não fosse pela palavra "lar" lá pelo meio do texto e agora depois deste teu comentário (sejas quem for), e talvez tivesse comentado: Azar, pá.
Smiley com a língua de fora pra ti.

Anónimo disse...

ui!?! 'tás doida? mas alguém estava a falar ctg? é cada caralho...

smiley com a língua a lamber suavemente o olho do cu para ti

Mestre Chou Riçá disse...

oi??

Me disse...

Bom dia!!! Olá Mestre Chou Ricá!
Sabes o que mais gosto nestas coisas dos blogs? É que de vez em quando, lá aparece um frustradinho qualquer com desejos assim meio kinky de andar para aí a lamber as partes fodengas de pessoal que não conhece e que depois, espanto! ainda o dizem!! Sem ofensa, mas começo a ter um novo entendimento daquela cena do SG... Braga... cidade dos 5 P's... Escolha-se o P condizente e enfie-se a carapuça...

Uma pessoa já não pode dizer nada, ou baralhar-se assim um cadito, que leva logo com lambidelas aqui e ali... Dasse.
As minhas mais sinceras desculpas.
Mantenho o "podes crer" para ti.

Anónimo disse...

ó minha grandessíssima sapiência ambulante devoradora de iogurtes linha zero, nem imaginas no que é que te vieste meter... a puta da tua sorte é que já estou a ver que conheces pessoas que me são caras (de estimadas, percebes, ó bardajona?) e por isso, mas só por isso, meu pedaço de regozijo humano diluído como soluto em solvente (até à saturação, obviamente!) ficar-me-ei por aqui. vá, despeço-me agora, mesmo antes de estar en train de faire* diversos encómios menos urbanos à sua pessoa, aconselhando-a a passar-se à distância abandonada de um primeiro escolho e a ir enfardar uns quantos enlatados de atum para matar a fome.

* assim, com um galicismo para V. exa.

Me disse...

:)