segunda-feira, 16 de março de 2009

Aprendam, aprendam...

Hoje esteve uma belíssima tarde de fnac. Passo a explicar, depois de um mcflurry pelas ruas ensolaradas, impôs-se uma rápida passagem pelo shópe única e exclusivamente para pavonear este cu intelectualóide. O segredo – t-shirt preta, calças de ganga e all stars, à la Hank Moody, num misto de escritor irreverente com crítico de música com tendências grunge. O toque de classe? Bolso de trás a deixar ver um pouco do moleskine e da caneta. Bic, claro, há que manter a humildade. Olhar desinteressado, cansado e deprimido apimentado com malandrice. Deambular pela alcatifa acinzentada com passos certos mas preguiçosos, pegar apenas em clássicos ou dvds de autor de nome impronunciável. Quanto aos livros, apenas consagrados internacionais, uma ou outra capa, abanar a cabeça ao preço e escarnir das Fátimas Lopes. Poesia., muita poesia. E música só vinil. Ou vinyl. Saio de mãos a abanar, óbvio, mas com ar de enfado, uma expressão que não deixa dúvidas – não vi nada de jeito, já não me conseguem surpreender. O passo seguinte, confesso-me ainda sem coragem, passa por pedir um escritor inexistente, um filme bielorrusso e beber um café naquele antro de falsidade enquanto registo freneticamente no bloco.

3 comentários:

Anónimo disse...

hahah brilhante :)

se se pudesse fumar na FNAC acendias um Cutters Choice


Mariana

Anónimo disse...

tens mesmo a puta da mania...esse estilo só existe na brasileira...tu nunca saíste foi da esplanada da avenida central...

Mestre Chou Riçá disse...

ahahaha ainda n evoluí para o fumar :D

pois tenho. mas gostava de ainda ter mais :)