terça-feira, 3 de março de 2009

Para ler mais logo

Como se diz a uma criança que o companheiro dela foi brutalmente atropelado e encostado ao caixote do lixo mais próximo? O que se responde quando pergunta pelo amigo? Se alguém o viu. Se podemos ir procurá-lo. Disfarça-se com um vulgar foi passear, sabes como eles são, vão e acabam por aparecer. Mas não rígidos e frios encostados à berma da estrada. Se dissesse a verdade nenhum de nós conteria as lágrimas. Ela por ele, eu pelos dois. E ouvimos que era só um gato, que acontece. ACONTECE. Claro, no fundo tudo acontece. E pensamos na efemeridade da vida, na fragilidade, merda para isto tudo, não quero mais bichos em casa, é só desgostos e mais não sei o quê. Lembro-me muito vagamente de falar sobre isto nas idas aulas de filosofia, sobre a forma como o homem pensa através da necessidade e confrontação. Ou como a minha avó costuma dizer, depois da minha filha casada não lhe faltam maridos. Não que isso tenha acontecido, a minha mãe é uma senhora de bem. E o coração só voltará a ficar pequenininho quando sentir o vazio da casa, a falta daquela carpete preta gigante, dos sustos enquanto via a bola. O mini sofá vai continuar desocupado e eu sem saber o que responder às perguntas transformadas em certezas.

5 comentários:

Unknown disse...

és tão panisguinhas que dá pena

Anónimo disse...

aprendi ctg

S. G. disse...

:-)

esta merda está muito boa.

abraço

El Salib disse...

Tadito do bicho...

Mestre Chou Riçá disse...

:) gracias

antes o bicho q tu, salib o grande :D