sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O meu grito do Ipiranga ou todos temos dias maus

Indignado, revoltado e enojado. É assim que eu estou. Compadrios, esquemas, cunhas, tachos, tachinhos, panelas e panelões. E parece que esta é a nova regra que rege o mundo, olho em redor e não vejo nada para além de chupistas e mamões. E não me refiro a jesuses e césares peixotos, que a insuflação jornalística terá direito ao seu tempo de antena. Eu acredito, juro que pelo menos tento, numa espécie de justiça divina, num karma, um raio que descerá dos céus. Já ficava contente com uma pequena luz que alumiasse a dignidade e o bom-senso de alguns. Eu acredito, e aqui ainda não tenho dúvidas, que é possível mais. É sempre possível mais. Não escuto os arautos, defensores do tem de ser, toda a gente faz, só assim é que se vai lá, é triste mas hoje em dia é assim. Portugal dos pequeninos, o tanas. Portugal dos medíocres. A nossa tão afamada cultura do desenrasque, do português que se desenmerda de qualquer situação é muito útil quando trancamos o carro com a chave lá dentro, não quando assumimos responsabilidades. Não consigo conceber os projectos bons de mais, as habilitações a mais, o esforço de mais. No fundo, a política do recebo o mesmo faça o que fizer. Tudo cheira a mofo e bafio. Não há brio nem vontade, não há orgulho nem gosto. A minha força não reside apenas nas minhas convicções, mas em saber que não estou só nesta luta.

1 comentário:

Anónimo disse...

apoiado.