sexta-feira, 9 de maio de 2008

Enfim...vou falecer ali para o lado.

Não tinha de acabar assim. Bem sabes que te tentei ajudar, não podes negar. Não foi de uma forma simpática, é certo, mas tens de admitir que não és propriamente atraente ao toque. Tentei mostrar-te o caminho da liberdade. Não era bom para nenhum de nós a tua estadia cá em casa. Passaste o dia todo escondida, a evitar-me. Durante a noite, já com muito menos paciência voltei a conduzir-te para a rua. Insististe em voar louca e desesperadamente, batendo contra todas as paredes. Quando fizeste a tua última pausa no candeeiro soube o que tinha de fazer. Não é da minha natureza optar pela via mais fácil, nem tão pouco queria o teu mal, mas o teu sofrimento era notório. Com um golpe certeiro acabei com a tua miséria. Não resististe, foi rápido, também devido à fragilidade e ao cansaço. Terminou assim a curta vida da mosca gigante, sem glória, atirada para a varanda, depois de uma vassourada mortal.

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